quarta-feira, 20 de junho de 2012

Método de Fabricação por Moldagem sem Pressão


No primeiro post foi introduzido o conceito de Compósitos. A partir de hoje iniciaremos o assunto do nosso blog que se refere aos processos de fabricação do materiais compósitos. Como no primeiro post os termos fibra e matriz foram explicados brevemente, vamos por meio desse post definir primeiramente o que vem a ser tais palavras pois será de grande importância para entendimento dos futuros posts.

Fibras

A(s) fibra(s) é o elemento constituinte que confere ao material composto suas características mecânicas: rigidez, resistência à ruptura, etc. As fibras podem ser curtas de alguns centímetros que são injetadas no momento da moldagem da peça, ou longas e que são cortadas após a fabricação da peça.
Os tipos mais comuns de fibras são: de vidro, de aramida (kevlar), carbono, boro, etc. As fibras podem ser definidas como sendo unidirecionais, quando orientadas segundo uma mesma direção; bidimensionais, com as fibras orientadas segundo duas direções ortogonais (tecidos),  ou com as fibras orientadas aleatoriamente (esteiras); e tridimensionais, quando as fibras são orientadas no espaço tridimensional (tecidos multidimensionais).

Matrizes

As matrizes têm como função principal, transferir as solicitações mecânicas as fibras e protegê-las do ambiente externo. As matrizes podem ser resinosas (poliéster, epóxi, etc), minerais (carbono) e metálicas (ligas de alumínio).
A escolha entre um tipo de fibra e uma matriz depende fundamentalmente da aplicação ao qual será dado o material composto: características mecânicas elevadas, resistência a alta temperatura, resistência a corrosão, etc. O custo em muitos casos pode também ser um fator de escolha entre um ou outro componente. Deve ser observada também a compatibilidade entre as fibras e as matrizes.


Muitas peças ou estruturas em material composto são geralmente produzidas por uma composição de lâminas sucessivas, chamadas de estruturas estratificadas. Os processos de fabricação são inúmeros e devem ser selecionadas segundo requisitos como: dimensões, forma, qualidade, produtividade (capacidade de produção), etc.As operações básicas para a obtenção da peça final têm a seguinte sequência:



Moldagem sem pressão

O molde é primeiramente revestido de um desmoldante e posteriormente de uma resina colorida. A seguir as fibras são depositadas sobre o molde e em seguida impregnadas com resina e compactadas com um rolo. O processo se segue para as lâminas sucessivas. A polimerização (solidificação) ou cura da resina pode ser feita com ou sem o molde, isto em função da geometria da peça. A cura da resina pode ser feita em temperatura ambiente ou ser acelerada se colocada em uma estufa a uma temperatura entre 80° C e 120° C. Após a cura da resina e a desmoldagem, a peça é finalizada: retirada de rebarbas, pintura, etc.

Referência: Gay, Daniel, Matériaux Composites, Hermès, Paris, 1991.



4 comentários:

  1. Nossa que legal o blog! Achei muito interessante! Vai me ajudar em pesquisas e outros!
    Como faço para saber mais informações? Tem algum contato?
    Parabens pela iniciativa do blog!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Muito boa a idéia do blog!!
    Super prático pra pesquisar..

    Parabéns, gente!

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  4. galera do blog...
    parabens pelo trabalho
    muito interessante o tema, alem de inovador e de facil entendimento mesmo parar aqueles que nao fazem ideia do que é compósitos, assim como eu!
    sucesso!

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